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Novas imagens de satélite mostram avanço da destruição em Gaza

Novas imagens de satélite mostram avanço da destruição em Gaza

Atualizações no Google Earth revelam o tamanho da devastação provocada pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. As imagens de satélite, registradas em dezembro de 2024 e agora publicadas na plataforma, mostram bairros inteiros arrasados e com vastas áreas reduzidas a escombros. Nelas, podem ser vistos mais prédios destruídos e também a área aterrada aumentando. Confira abaixo:

A comparação com imagens anteriores ao dia 7 de outubro de 2023, data dos ataques terroristas do Hamas que desencadearam a guerra atual, explicita o avanço da destruição no território palestino. A nova cartografia coincide com declarações recentes de membros do governo israelense que defendem políticas para esvaziar Gaza.

No dia 6 de maio, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou que a vitória israelense na guerra significaria a “destruição total” da Faixa de Gaza, governada pelo grupo terrorista Hamas, e o deslocamento de seus habitantes.

Uma semana depois, na terça-feira (13), o Exército de Israel assumiu ter bombardeado o hospital Nasser, último centro médico com capacidade para tratar câncer e doenças cardiorrespiratórias no sul da Faixa. A justificativa foi o uso da estrutura por integrantes do Hamas para “atividades terroristas”.

Em fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs abertamente a remoção da população palestina do território. A proposta foi condenada por organizações de direitos humanos e pela ONU, que a classificaram como tentativa de limpeza étnica.

Ministros israelenses, porém, apoiaram a ideia de Trump. Em março, Israel Katz, da Defesa, anunciou a criação de um órgão para esvaziar Gaza e facilitar o que chamou de “saídas voluntárias” dos habitantes.

Em sua viagem ao Oriente Médio, embora não tenha visitado Israel, Trump voltou a expor seu desejo de assumir o controle da Faixa de Gaza. Em uma mesa-redonda com empresários no Qatar, afirmou que os Estados Unidos “transformariam aquilo em uma zona de liberdade” e afirmou que “não há mais nada a ser salvo” no território palestino.

A maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi forçada a deixar suas casas, comumente mais de uma vez, enquanto Israel continua uma ofensiva militar que matou mais de 53 mil pessoas e devastou grande parte do território. Tel Aviv iniciou seu ataque após os ataques terroristas do Hamas em outubro de 2023.

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